Origineel
Tarde da vida quando se amontoa os anos. debruçado em desenganos da minha desilusão,. fico espiando da janela do presente. retalhos de antigamente que me dói como ferrão.. Vai boi penacho, puxa o carro boi carreiro. companheiro de viagem nas quebradas do sertão,. leva essa carga, rasga o barro do caminho. se couber leva um pouquinho de mágoa desse peão.. Peão que chora quando vê o sol baixando. e um carro de boi cantando seu gemido de paixão,. sai num suspiro meu gemido solitário. e desfia o meu rosário em contas de solidão.. Sou um carreiro vencido pelo cansaço. mas me lembro do chumaço, da chaveia e dos cocão. eixo e fueiro, cabeçalho, cheda e mesa. velho tempo de riqueza que virou recordação.. Ainda me lembro recavem e o pigarro. cunha na roda do carro, cambota, arreia e meião,. chapa esse cravo, canzil, brocha e tamboeiro. o ajoujo, a tiradeira, argola, canga e cambão.. Vai boi Penacho puxa o carro e vai embora. já venceu a minha hora, terminou minha missão,. leva essa carga de tristeza que me invade. se couber leva a saudade que me aperta o coração. Vai boi Penacho puxa o carro boi Carreiro. companheiro de viagem nas quebradas do sertão,. leva essa carga rasga o barro do caminho. se couber leva um pouquinho da mágoa desse peão.. . By: Daniel Martins
Vertaling
Laat in het leven, als de jaren zich opstapelen, leun ik voorover in de desillusie van mijn ontgoocheling. Ik blijf vanuit het raam van het heden flarden van vroeger bespieden die pijn doen als een steek. Ga, boi penacho, trek de kar, boi carreiro, reisgezel in de achterlanden,. neem deze lading, scheur de modder op de weg. als het past, neem een beetje van het verdriet van deze peon… Een cowboy die huilt als hij de zon ziet ondergaan. en een ossenkar die zijn kreun van passie zingt,. mijn eenzame kreun komt er in een zucht uit. en ontrafelt mijn rozenkrans in kralen van eenzaamheid… Ik ben een spoorzoeker overmand door vermoeidheid. maar ik herinner me de chumaço, de chaveia en de cocão. as en fueiro, header, cheda en tafel. oude tijd van rijkdom die herinnering werd… Ik herinner me nog recavem en de pigarro. wig in het wiel van de auto, krukas, harnas en sok,. chapa die dekhengst, canzil, brocha en tamboeiro. de ajoujo, de tiradeira, argola, canga en cambão… Vai boi Penacho trek de auto en ga weg. mijn tijd is om, mijn missie is voorbij,. neem deze lading droefheid die me overvalt. als het past neem dan de nostalgie die mijn hart samen knijpt. Ga, Boi Penacho, trek de kar, Boi Carreiro. Een reisgenoot in de achterlanden,. neem deze lading, scheur de modder op de weg. als het past, neem een beetje van het verdriet van deze peon. Door: Daniel Martins